Economia
A população
dos Açores distribui-se irregularmente pelas ilhas. a maior parte
dos habitantes reside em São Miguel (53%). Segue-se a Terceira com
24%, Pico e Faial com 6%, Santa Maria com 3%, Graciosa e Flores
com 2% e o Corvo com 0,2%.
A criação animal é bastante
importante na economia local. Em São Miguel atinge-se quase a média
de uma cabeça de gado bovino por pessoa. E sendo a agropecuária
uma das principais fontes de rendimento da região, o leite fresco
é a principal matéria-prima usada pela indústria de transformação
que tem no queijo, na manteiga, no leite pasteurizado e em pó os
principais produtos de exportação daí derivados.
A carne de bovino é outra mais-valia da economia açoreana sendo
exportados carne de elevada qualidade para a Madeira e Portugal
continental. No mercado regional há ainda produção/criação aviária
e suína.
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A indústria
pesqueira apesar da relativa reduzida dimensão tem grande potencial
de crescimento. A zona económica exclusiva dos Açores possui uma
rica e diversificada população aquática, oferecendo um vasto leque
de peixe fresco para consumo interno e exportação bem como para
enlatados. Recentemente, algumas companhias começaram a investir
no peixe fumado tanto para os mercados interno e externo. A espécie
mais representativa em termos económicos é o atum, a principal
apanha das frotas pesqueiras comerciais. Por outro lado, os principais
visados na pesca artesanal ou não-industrial são o arenque, o
esparídeo, o congro, a abrótea do alto (ou juliana), a cavala.
Num
patamar menos representativo da economia regional estão as produções
de beterraba, chicória, chá, maracujá, e ananás. Este último (Ananassa
Sativus, Lindl) é cultivado em São Miguel, em estufas que abundam
sobretudo na Fajã de Baixo (Ponta Delgada), Lagoa e Vila Franca
do Campo. Este fruto, que chegou aos Açores vindo da América do
Sul em meados do século XIX, era inicialmente tido como mera planta
ornamental e era adquirido sobretudo pelas classes altas.
A indústria
de transformação volta-se assim mais para a produção de bens alimentares,
bebidas e tabaco, alternando com uma indústria menor de processamento
de madeiras e cortiça. A maioria dessa indústria situa-se em São
Miguel.
Se a energia importada (de derivados de petróleo) constitui a
base da produção de electricidade na região, outras energias alternativas
desempenham um importante papel, umas ainda em fase experimental
embrionária como a hídrica e a eólica, outra, a energia geotérmica,
desempenhando já um papel de relevo no abastecimento de electricidade
da população.
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Se
o espaço nacional constitui o mais importante mercado de
destino dos produtos açoreanos, o comércio com o estrangeiro
desempenha uma crescente importância na economia regional.
Enquanto as importações se focam sobretudo nos cereais,
combustíveis, maquinaria diversa e matérias-primas, as exportações
centram-se nos derivados de leite e enlatados de peixe.
Destes, o atum enlatado tem como mercado-alvo a Itália.
Devido
à dispersão geográfica do arquipélago, intensificam-se as
movimentações de mercadorias, em especial em direcção às
ilhas de menor capacidade de produção. A distância que,
por sua vez separa as ilhas de Portugal continental contribui
também ela para um elevado tráfego de mercadorias e passageiros
entre ambos.
Esta distância relativamente
ao continente, por um lado, aliada à distância e dispersão
entre as ilhas em si, gera a chamada “dupla insularidade”
que se traduz em maiores encargos para a economia açoreana. |
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