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Faial

Faial é a 3ª ilha das “ilhas de baixo” ou do “triângulo” e a 5ª do Grupo Central. Sendo a ilha mais a Oeste deste grupo é também o último território português e europeu na Placa Europeia (placa tectónica, entenda-se): as ilhas do Grupo Ocidental, Flores e Corvo, sendo ainda território português, situam-se na Placa Americana).

Com uma superfície de cerca de 173 km2 (comprimento e largura máximos aproximadamente de 21 e 14 km, respectivamente) a ilha do Faial dista cerca de 14 milhas (26km) de São Jorge e 4,5 milhas (8km) do Pico. A sua população ronda actualmente os 15.000 habitantes.

horta faial

Tal como todas as ilhas dos Açores, o Faial é também de origem vulcânica e com um relevo acentuado. O seu ponto mais elevado está no Cabeço Gordo, na Caldeira. Esta Caldeira, cujo vulcão esteve na origem da ilha, detém uma posição bastante central e proeminente na ilha e tem um perímetro que ronda os 2 km, enquanto a profundidade do seu interior, onde existe uma pequena lagoa, se cifra em volta dos 400m. Ao fazer o percurso em volta da Caldeira percebe-se com clareza o motivo pelo qual esta ilha é referida também como a “ilha azul”: a abundância de hortênsias que escorrem pelas encostas da Caldeira abaixo, sobretudo nos meses de Verão, emprestam à ilha diversas tonalidades daquela cor.

Deve-se à ilha do Faial um dos fenómenos que mais marcou o arquipélago nos últimos cem anos, mais exactamente em 1957-58: a erupção do Vulcão dos Capelinhos. No extremo Poente da ilha começou a emergir um vulcão submarino que pouco tempo depois entrou em violenta erupção. O acontecimento teve já cobertura mediática e o prolongamento temporal e a violência da erupção foram tais que se tornaram suficientes para que o vulcão crescesse de modo a juntar-se ao extremo Poente da ilha, aumentado a superfície desta em mais 2,4 km2.

A Horta, a capital da ilha e do único concelho (homónimo) desta, é uma das cidades com mais vida e mais atraentes dos Açores. Da sua baía, onde se adossou a famosa marina da Horta, é possível ver a ilha-montanha mesmo em frente e, por vezes, também a ilha de São Jorge.  É também uma cidade bastante colorida, o que se reflecte também pelo facto de ser bastante voltada para o mar (é frequente, em Portugal, os povoados de cariz costeiro/piscatório adoptarem nas fachadas das suas casas as cores que usavam na pintura dos respectivos barcos, de modo a identificar os barcos com as casas e respectivos donos). A própria arquitectura que caracteriza a cidade é diferente da das restantes cidades do arquipélago, conciliando o facto de ser uma cidade de mar com o facto de ter sido sempre uma cidade visitada, ao longo dos séculos, por gentes oriundas dos mais diversos pontos do globo, algumas destas pessoas tendo mesmo escolhido a horta para se fixarem. Não é alheio a isto a forte colonização flamenga de que foi alvo a ilha. Também emprestam cor e vida à cidade os inúmeros iates e navios e embarcações de variados géneros que acostam na marina (ou no porto) da Horta, a mais visitada do arquipélago e uma das mais visitadas do mundo por todos aqueles que atravessam o Atlântico Norte.

A somar a tudo isto, com o passar dos anos, marinheiros e navegadores em geral foram deixando nos paredões do porto e da marina, vestígios da sua passagem através das inúmeras pinturas que hoje se podem lá encontrar. Tal acontecia quer por superstição, quer por necessidade de deixar uma mensagem a marinheiros vindouros, quer tão-somente pela vontade de deixar gravada na cidade uma recordação da sua passagem. É algo que acontece um pouco por todo o arquipélago mas que ganha aqui maior expressão e contribui para a atmosfera de particular elegância da cidade. Nas águas da cidade da Horta atracaram já inclusive nomes famosos da navegação como Joshua Slocum, Tabarly, Sir Francis Chichester, Malinovsky ou Fougeron. Ainda hoje a cidade é anfitriã de várias regatas internacionais.

A costa Sul da ilha, como é recorrente nestas ilhas, além de ser mais solarenga, apresenta também um panorama delicioso. A Ponta do Varadouro remata uma baía voltada para o pôr-do-sol que começa na Ponta do Castelo Branco. Qualquer uma destas pontas dispõe uma vista abrangente sobre a costa e sobre o mar a perder de vista. Na Ponta do Varadouro é ainda possível usufruir de uma praia e de um complexo de termas com águas hiper-salinas a uma temperatura de 35.5ºC (96ºF). Também na Feteira, a meio caminho entre o Castelo Branco e a Horta, se pode desfrutar de uma panorâmica, não só sobre a costa áspera, mas também sobre os mantos de verde nos arredores da capital. Na Lajinha e na Ponta Furada pode encontrar-se uma área de grutas, arcos e outras particulares formações rochosas cuja origem está relacionada com a própria origem da ilha.

Já a paisagem do interior da ilha apresenta-se diferente. E o Monte Carneiro é um ponto de partida para se apreciar esta diferença: predominando sobre a cidade da Horta e sobre o Monte da Guia, pode daqui ver-se o Vale dos Flamengos e as suas plantações, campos de flores e quintas. De outros pontos da ilha é possível admirar a sua paisagem interior com as fileiras de hortênsias e florestas de grande interesse, como é o caso da Ribeira do Cabo ou da Ribeira Funda.

O mar e os desportos náuticos são atracções fortes para quem procura umas férias vividas com intensidade. A baía da Horta e o Canal Pico-Faial são zonas privilegiadas para a prática de vela, windsurf, remo e outros. Por outro lado são também zonas muito propícias à prática de mergulho e snorkeling dada a riqueza da flora e fauna que as caracteriza, bem como dos próprio fundo do mar, rico em formações rochosas de grande interesse.

Faial destagues

Vilas e Cultura

- Horta – a capital da ilha e um dos principais portos de mar dos Açores, e um dos mais famosos do Mundo: Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Palácio do Colégio, Igreja Matriz do Santíssimo Salvador, Colégio dos Jesuítas, Museu da Horta, Convento de São Francisco, Monte Carneiro, Forte de Santa Cruz, Peter Sport Café, Museu de Scrimshaw (trabalhos em osso e dente de baleia);

- Feteira – Costa da Feteira, Igreja do Divino Espírito Santo, Impérios;

- Varadouro – banhos termais, Capela de Nossa Senhora das Dores, Ermida de Nossa Senhora da Saúde, piscinas naturais;

- Flamengos – Igreja de Nossa Senhora da Luz, Jardim Botânico...

faial by night Capelinhos Volcano

Natureza

- Caldeira – praticamente no centro da ilha repousa a grande cratera central da ilha, conhecida por Caldeira, com uma forma aproximadamente circular e com cerca de 2km de diâmetro e com uma profundidade que ronda os 400m. Ao fazer o percurso em volta da cratera há que ter atenção ao nevoeiro que é, por vezes, repentino. A Caldeira é considerada Reserva Natural;

-  Cabeço Gordo – o ponto mais alto da ilha com 1040m. de altitude e de onde se vislumbra uma panorâmica deslumbrante sobre as redondezas;

- Ponta dos Capelinhos – geologicamente é a parte mais recente da ilha, originada na sequência das erupções de 1957-58, inicialmente submarinas, daquele que então emergiu e que é hoje o Vulcão dos Capelinhos. Hoje contrasta a zona árida, negra e silenciosa dos Capelinhos com a agitação do mar azul profundo e da espuma branca que a envolve. Toda a história deste acontecimento, que marcou profundamente todo o arquipélago, pode ser revisitada hoje no Núcleo Museológico dos Capelinhos (ou simplesmente Museu dos Capelinhos) na freguesia do Capelo;

- Parque Florestal do Capelo;

- Mirante da Estrada da Caldeira – perto de Flamengos com uma boa panorâmica sobre o vale dos Flamengos;

- Praias do Almoxarife e do de Porto Pim – praias de areia e mar, normalmente tranquilo, a segunda na cidade da Horta;

- Baía da Ribeira das Cabras...

    Semana do Mar

horta faial

Todos os anos, durante Agosto, a cidade da Horta acolhe a carismática Semana do Mar. A baía da Horta enche-se de embarcações que com as suas velas e cores dão um pulsar mais forte à cidade. A marginal da Horta enche-se, por sua vez de gente que passeia pelas ruas da cidade, de bandas e grupos musicais, muitos deles a expressar o folclore das gentes, de vendas, arrematações, exposições, barracas de artesanato, comes e bebes, e tudo o mais. Sendo dedicada ao mar, nesta semana acontecem também inúmeras actividades a ele ligadas (que vão desde a vela, ao windsurf, passando pela pesca e pela natação), de entre as quais se destacam naturalmente as regatas dos botes baleeiros que tanta história fizeram nestas ilhas, que reacendem sempre as saudáveis rivalidades entre as ilhas (sobretudo Pico e Faial) e mesmo entre as diversas freguesias.

© Azoresweb 2006