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Restaurantes

Naturalmente, numa região que se encontra rodeada de mar por todos os lados, seria de esperar que o peixe fizesse parte da gastronomia local. Sob diversas formas e aspectos ou, no caso, receitas e cozinhados. Grande parte das espécies pescadas acabam no prato das gentes dos Açores. E como a vinha se dá bem em solo rochoso, solo este que também não escasseia por estas terras, também ela, na sua mais eloquente forma de vinho, acaba nos copos às refeições das mesmas gentes. Isto, obviamente sem esquecer a grande exploração em massa dos Açores dos últimos 40-50 anos: a agropecuária, e com ela, a carne de vaca.

Mais uma vez claras ambivalências se fazem sentir, desta feita na gastronomia açoreana: se, por um lado, a grande distância dos Açores a qualquer terra firme se afirma por uma certa autonomia culinária, com inúmeros pratos a ganhar um sabor único na região, por outro é também inequívoca a influência da cozinha continental e até mediterrânica na confecção dos mesmos pratos: o seu sabor e textura denotam assim o denunciam, apesar de o picante ser por vezes um todo nada mais forte que na maioria do continente.

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Ao iniciar uma odisseia gastronómica pelos Açores, é sempre bom começar por provar algumas das diversas variedades de peixe que por aqui se pescam. Tradicionalmente é servido bem fresco e cozinhado de forma simples, com ligeiras (ou por vezes um pouco mais do que ligeiras) nuances de ilha para ilha. O peixe fresco grelhado é extraordinário, mas não menos o é quando servido em sopas ou guisados. Não menos bons são uns simples chicharrinhos (ou petingas, se as houver) fritos, estaladiços, com molho de vilão e com batata cozida com a casca e pimenta da terra.

No patamar do “a não perder” estão também alguma espécies de crustáceos que dão ocasionalmente ao prato. A lagosta, o cavaco, a santola, ou a craca são algumas delas. Um bom prato de lapas, seja em arroz, seja na chapa com alho e limão são absolutamente imperdíveis. Todavia, estando a apanha da lapa bastante condicionada por ser uma espécie protegida, não se tornam aqueles em pratos muito fáceis de encontrar.

Os pratos de carne conservam também um elevado grau de autenticidade. Desde logo, o pitoresco “Cozido das Furnas”, um cozido em muito semelhante ao “Cozido à Portuguesa” com várias carnes e vegetais cozinhados em conjunto na panela, mas, que, quando naquela vila dos Açores, é cozinhado e içado ao fim de 4-5horas, de buracos em solo em constante e visível actividade vulcânica. São os vapores sulfurosos desta mesma actividade que atribuem ao “Cozido das Furnas” o seu sabor tão especial. Um simples bife de vazia, temperado apenas com sal e pasta de pimenta (e um tracinho de limão) é simplesmente fabuloso (de registar que o gado bovino no arquipélago é ainda criado à solta no verde das pastagens). Outro prato, um todo nada mais particular é o que inclui chouriço e morcela. Qualquer um destes enchidos tem um sabor único por estas ilhas.

As Sopas do Espírito Santo, muito populares porque associadas a uma das maiores celebrações religiosas da região, são outro dos pratos típicos dos Açores que incluem carne de uma forma generosa.

E, claramente, como a carne pede vinho, porque não acompanhá-la com um ou outro vinho da região? O Verdelho do Pico ou os tintos da Terceira, Santa Maria, Graciosa ou mesmo novamente do Pico são companhias que um bom prato açoreano não dispensa.

Os bons queijos da região são também eles ideais para acompanhar a refeição. Uma grande forma de abrir o apetite, frequentemente servida nos restaurantes, é o queijo fresco com pimenta de terra. Mas para fechar a refeição há também o Queijo de São Jorge, mais forte e ácido, em cuja ilha se podem encontrar algumas cooperativas produtoras deste queijo. Outro queijo igualmente reconhecido é o Terra Nostra, produzido em São Miguel.

No campo da pastelaria, mais uma vez o arquipélago faz valer alguma autonomia. A massa sovada ou os bolos lêvedos, com ou sem manteiga e com um chá preto a acompanhar são excepcionais. Queijadas como as da Graciosa ou da Vila Franca ou ainda a conhecida queijada de feijão não precisam de ser servidas como sobremesa: podem ser apreciadas a qualquer momento. Mais particulares, porque produzidas somente (pelo menos originalmente) pela altura do Carnaval, são as malassadas, um doce que é deixado a fermentar para depois ser frito e polvilhado com açúcar.

Alguns restaurantes pelo arquipélago merecem aqui uma especial atenção. O Canto da Doca, no Faial tem um modo particular de cozinhar as refeições: cada cliente recebe uma grande rocha chata sobreaquecida, polvilhada com sal grosso, sobre a qual é cozinhado tanto o peixe como a carne. No Beira Mar de São Mateus, na Terceira, podem encontrar-se variadas especialidades de comida marinha no seu cardápio. O Casa da Galinha Parmigiana, também na Terceira, apesar de o nome evocar alguma proximidade com a cozinha italiana, dispõe de algumas especialidades como chouriço de sangue, Sopa do Espírito Santo, Coelho guisado em vinho branco e Goulash em vinho tinto. 

Por fim, além de qualquer especialidade gastronómica, seja ela carne, peixe, vinho ou doce, em cada restaurante, do mais humilde ao mais requintado, e certamente a contribuir para a elevação da refeição a um patamar excepcional, estão a cordialidade e a amabilidade com que é acompanhado todo o atendimento em geral por estas ilhas fora.

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