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São Miguel

São Miguel é uma ilha montanhosa com uma vegetação muita rica e intensa, sendo por isso também conhecida com a “Ilha Verde”. É a ilha de maiores dimensões e consequentemente de maior superfície, contando cerca de 759km2. É ainda actualmente a ilha mais populosa do arquipélago com cerca de 145.000 habitantes, 40.000 dos quais residentes em Ponta Delgada, o concelho que inclui a também maior cidade do arquipélago. Não sendo geograficamente central nos Açores, São Miguel é no entanto central em muitos outros aspectos, sendo nomeadamente o principal ponto de chegada de pessoas e bens ao arquipélago e de distribuição dos mesmos pelas outras ilhas.

A ilha localiza-se a 37º  50’ N ; 25º  30’ O; inscreve-se num rectângulo de aproximadamente 63 km por 22 km, sendo que a sua largura varia entre os 8km e os 13,5 km no sentido Norte – Sul, no Este – Oeste tem cerca de 65km; tem 759,4 Km2. As distâncias menores entre São Miguel e as ilhas mais próximas são: Povoação – Santa Maria: cerca de 80 Km; Mosteiros – Terceira: cerca de 142 Km (estando relativamente isolada, é, todavia, a ilha mais auto-suficiente do arquipélago).

sao miguel   Sao Roque church

Encontra-se amplamente coberta por um extenso manto verde cuja coloração temática varia consoante a altitude, sendo que grosso modo pode dividir-se em três patamares: um inferior onde predomina a policultura de minifúndios, um intermédio marcado por uma maior dimensão das parcelas, dedicadas agora ao cultivo de cereais e à agro-pecuária e um patamar superior de maior incidência na silvicultura.

A origem vulcânica desta ilha foi fundamental na determinação das linhas gerais da sua morfologia. Com três maciços vulcânicos principais – Sete Cidades, Fogo e Furnas – a silhueta da ilha torna-se assim bastante montanhosa no acompanhar destes maciços. Havendo alguma continuidade no perfil da ilha desde o seu extremo Nascente até ao maciço do Fogo (passando pela Serra da Tronqueira e pelo maciço das Furnas), no fim deste e dado um maior distanciamento que o separa do maciço ocidental das Sete Cidades, surge uma plataforma baixa e rasa, que atravessa a ilha de Norte a Sul a uma cota razoavelmente constante e que raramente ultrapassa os 200 m de altitude. O ponto mais alto da ilha encontra-se no Pico da Vara (Nordeste) a 1108 m.

sete citades

ss

São Miguel é talvez a ilha mais pitoresca e com uma maior diversidade de cenários, sendo também esta uma das suas mais-valias. Desde um interior que é por norma montanhoso, ora com picos, ora com lagoas e lagoínhas, mas que também encontra zonas de planície e cultivo a uma costa que alterna entre encostas agrestes de dezenas ou mesmo centenas de metros de altura e praias de areia ou calhau negro. Ao longo da ilha, perfazendo o seu perímetro, as casas e as freguesias distribuem-se, regra geral, de uma forma assumidamente linear, criando uma espécie de cordão em torno da ilha.

Até 1522 São Miguel teve em Vila Franca do Campo a sua capital. Todavia, neste ano deu-se aquela que Gaspar Frutuoso chamou de “Subversão” de Vila Franca: uma violenta erupção na “Serra do Vulcão” (actual Serra de Água de Pau) devastou a vila que lhe ficava a Sul. Pouco tempo depois passou Ponta Delgada a ostentar o título de capital, sendo inclusivé elevada a cidade por alvará de El-Rei D. João III em 1546.

Ponta Delgada, actualmente com mais de 40.000 habitantes, é também o centro económico da ilha e do arquipélago. Já em termos culturais e políticos a centralidade  não está tão focalizada em Ponta Delgada mas encontra-se distribuída por outras cidades como Angra do Heroísmo (Terceira) ou Horta (Faial). Entre outros equipamentos de relevo, a cidade conta com o núcleo central da Universidade dos Açores e com uma marina bastante bem equipada. A oferta hoteleira em Ponta Delgada, não só em termos de hotéis, mas também de restaurantes, bares e outros equipamentos de apoio ao turismo e à população é razoável e tem tido recentemente algum investimento que deverá claramente caminhar no sentido de encontrar resposta a um determinado tipo particular de turismo, adaptado às condições e especificidades da região.

São Miguel destagues

Vilas e Cultura

- Ponta Delgada – Avenida Infante D. Henrique (ou avenida marginal), Portas da Cidade, Praça Gonçalo Velho Cabral, Campo de São Francisco, Igrejas de São Pedro, São Sebastião (Matriz), e São Pedro, Jardins e Palácio de Sant’Ana, a marina...

- Ribeira Grande – Igreja Matriz de Nossa Senhora de Estrela, Câmara Municipal, biblioteca municipal, piscinas...

- Nordeste – tido como o concelho mais bonito dos Açores;

- Lagoa – Igreja Matriz, Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Ermida de Nossa Senhora do Cabo, Câmara Municipal, museu municipal, cerâmicas da Lagoa...

- Vila Franca do Campo – Igreja da Misericórdia, Igreja de São Pedro, Câmara Municipal, Forte do Tagarete, Ilhéu de Vila Franca, Aquapark...

- Sete Cidades e Furnas – com características próprias e bem vincadas, partilham a condição de se terem implantado no interior da caldeira vulcânica que as alberga, sendo que as Sete Cidades se encontra mesmo à beira da Lagoa;

- Povoação – o primeiro povoado dos Açores;

- alguns povoados que se implantam em fajãs, junto ao mar, regra geral com cariz piscatório como a Maia, o Porto Formoso ou os Mosteiros...

 

Natureza

- Freguesia e Lagoas das Sete Cidades (mais informação abaixo). Para além das Lagoas Verde e Azul, o maciço das Sete Cidades inclui um grande número de outras lagoas, mais pequenas, como a de Santiago, profunda e de um verde escuro intenso, a Lagoa Rasa, de um azul quase fluorescente, escondida numa clareira de criptomérias;

- Parque Florestal do Chã da Marcela, no concelho da Lagoa;

- Pico da Vara, o ponto mais alto da ilha (1108m), no concelho de Nordeste;

- Lagoa do Fogo, praticamente no centro da ilha, entre os concelhos da Ribeira Grande e Vila Franca do Campo: considerada por alguns a mais bela lagoa dos Açores, a que se acede a pé a partir das cumeeiras a Norte, normalmente envoltas em nuvens;

- Lagoa das Furnas; a terceira das três grandes lagoas de São Miguel e a última a ter entrado em erupção (1630), situada na freguesia homónima onde se podem encontrar ainda hoje os sinais mais visíveis da actividade vulcânica sobre a qual se implantam as ilhas;

- Lombas da Povoação;

- todo o conjunto de grotas e ribeiras que correm, serra abaixo, pelo concelho de Nordeste, bem como todas as pontas que se lançam sobre o mar como a Ponta do Estorninho, Ponta da Madrugada, ou o Salto da Farinha;

- Ilhéu de Vila Franca, resultado de uma antiga erupção vulcânica, hoje uma zona balnear à costa da cidade de Vila Franca do Campo, à qual se acede por um pequeno barco;

- todos  percursos pedestres que penetram por toda a ilha e que, escapando aos circuitos rodoviários, desvendam um modo bastante mais interessante e excitante de a conhecer.

- algumas praias de areia preta que se espalham um pouco por toda a ilha – Praias das Milícias (São Roque, Ponta Delgada), de Água d’Alto (Água de Pau), da Vinha da Areia (Vila Franca do Campo), dos Moínhos (Porto Formoso), Mosteiros (Mosteiros, Ponta Delgada), Ribeira Quente (Ribeira Quente, Povoação)...

  A lenda das Sete Cidades

O maciço das Sete Cidades, incluindo as Lagoas Verde e Azul e a própria freguesia são um dos conjuntos mais pitorescos do arquipélago. A erupção do vulcão, tendo ocorrido antes do período da colonização da ilha, sucedeu, contudo, depois da viagem de descoberta da mesma, tendo por isso causado o desnorte dos marinheiros que, aquando da segunda viagem não conseguiam vislumbrar o elevado pico que tinham como referência e que dava agora lugar a uma enorme cratera.

Actualmente, no interior da cratera que se abriu com a última erupção, residem provavelmente as duas lagoas mais famosas de Portugal, a Verde e a Azul, para além da própria freguesia que se implantou junto das suas águas. Localizada no extremo Poente da ilha, a caldeira das Sete Cidades, hoje extinta mas uma das mais activas dos Açores nos últimos 5.000 anos, conta com um diâmetro virtual de cerca de 5km e um perímetro que ronda os 15 km. Toda a beleza e imponência e beleza do conjunto das Sete Cidades podem ser apreciados a partir da Vista Do Rei, ponto de paragem obrigatório nas cumeeiras da caldeira. Vistas daí as lagoas ganham a aparência que lhes dá nome – Verde e Azul. A Lagoa Verde, a Sul e mais pequena, encontrando-se encerrada por altas encostas forradas do verde denso das árvores, reflecte esta mesma côr. Já a Lagoa Azul, bastante mais ampla e liberta reflecte, por sua vez o azul do céu.

Reza a lenda da Sete Cidades que a sua princesa, nos seus passeios pelos montes e vales e campos teria conhecido um modesto pastor por quem se teria apaixonado. O pastor, que guardava os seus rebanhos nas terras do Rei, igualmente apaixonado pela princesa, não caiu todavia nas graças do pai da princesa, que desaprovou a relação de ambos os jovens, obrigando mesmo a que nunca mais se encontrassem. Tal atitude do Rei levou a que os dois jovens chorassem tanto a sua tristeza que as lágrimas dos olhos azuis da princesa e verdes do pastor enchessem as duas lagoas que hoje se podem lá encontrar, sob a Vista do Rei.

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